Um levantamento feito pelo Sindicato dos Frentistas de Campina Grande apontou que todos os 48 postos de combustível do município foram assaltados em 2014. Segundo o levantamento, já são mais de 120 ocorrências registradas de janeiro até agosto deste ano. Os números foram destaque em uma reportagem exibida no Bom Dia Brasil desta segunda-feira (29).
Na reportagem foram mostradas imagens do circuito interno de segurança de um dos estabelecimentos, mostrando a ação dos assaltantes rendendo os frentistas. Segundo o sindicato da categoria, a média em Campina Grande é de um assalto a cada 48 horas e a violência frequente assusta clientes e funcionários.
Um dos clientes, que não quis se identificar, explicou sobre a sensação quando vai abastecer. “Já fico com medo de acontecer alguma coisa, ser assaltado, ter o carro roubado, algo deste tipo”, diz. O frentista Magno Romero também comenta sobre a insegurança: “geralmente quando chega uma moto a gente já fica um pouco assustado, nunca sabe se é cliente ou ladrão”.
De acordo com o delegado Danillo Orengo, da delegacia de roubos e furtos, apenas assalto de valores acima de 11 salários mínimos são investigados. “Inferior a este valor, o procedimento vai para a delegacia distrital e automaticamente ela se torna competente para instaurar o inquérito policial”, explicou.
O número de assaltos está afastando os funcionários que não querem trabalhar à noite com medo da violência. Dos 48 postos, apenas quatro funcionam 24 horas devido a uma lei municipal. Segundo os empresários, a dificuldade em manter os estabelecimentos abertos a partir das 22h é encontrar funcionários que queiram trabalhar neste turno. “Alguns funcionários pediram demissão, saíram por causa da insegurança”, disse Gilson de Lima, dono de um dos postos da cidade.
Redação com G1/pb