Brasil

Temer afirma que irá colaborar para transição com o próximo governo

O presidente Michel Temer disse nesta terça-feira, 16, em Curitiba que vai colaborar da melhor forma possível em um processo de transição para o novo presidente da república já a partir do dia 28 de outubro, data do segundo turno das eleições. Em 2016, segundo Temer, não houve uma transição como determinaria a Constituição. Como exemplo, o presidente, que assumiu após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, do PT, disse que quando chegou ao Palácio do Planalto todos os computadores estavam com dados apagados. Temer reafirmou que vai procurar o novo presidente para defender as reformas que lançou, mas que ainda não foram aprovadas, como a da Previdência.

Em Curitiba a convite da Associação Comercial do Paraná, Temer recebeu o título Cidadania ACP, honraria máxima da associação. O título, segundo a entidade, é “em reconhecimento ao esforço para aprovar as reformas levadas a efeito durante o governo”. Entre as maiores reformas, a única aprovada foi a trabalhista, que agradou o empresariado. As outras reformas importantes, como a política, a tributária e a previdenciária, ficaram para depois.

Na palestra, Temer enalteceu a proposta que aprovou no Congresso e que congelou gastos em Educação, Saúde e Seguranca por 20 anos. Para ele, o governo que assumiu em 2016 rejeitou adotar uma política de propostas populistas. Apesar de ter criticado o governo petista que o antecedeu durante todo o evento, Temer não mencionou apoio a Jair Bolsonaro, do PSL, como era esperado depois do posicionamento do ministro Carlos Marun, do MDB, que declarou apoio ao candidato do PSL. Na semana passada, o MDB decidiu não apoiar nenhum dos dois candidatos na disputa do segundo turno entre Bolsonaro e Fernando Haddad.

Ainda durante a palestra, Temer lembrou que enfrentou protestos contra ele no início do governo, momento que chamou de “oposição orgânica e feroz”, mas que depois, segundo ele, não houve mais nenhum movimento significativo. Temer disse que até ouviu um ou outro “fora Temer” de grupos pequenos e brincou: “agora tem até o movimento Fica Temer”

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