A síndrome de Guillain-Barré (doença neurológica rara e autoimune que provoca quadro progressivo de paralisia em membros do corpo e fraqueza muscular que pode levar à morte) manifesta-se de 15 a 30 dias após uma infecção viral (incluindo a dengue, zika e Aids), principalmente de vias aéreas superiores e gastrointestinais, ou após vacinações virais (principalmente vírus vivo ou atenuado). Além disso, a manifestação da doença depende da predisposição genética, segundo a neurologista paraibana, Bianca Etelvina Santos.
Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES) houve um aumento no número de casos da síndrome no Estado em relação ao ano passado. Em todo o ano de 2014 foram registrados nove casos da Guillain Barré, enquanto que até o mês de julho, deste ano, já foram notificados sete casos suspeitos da doença (quatro do sexo masculino e três do sexo feminino, com faixa etária entre 21 a 72 anos). Até o momento, nenhum dos casos identificados neste ano teve correlação comprovada com dengue, zika e/ou chikungunya.
De acordo com a médica Bianca Etelvina, uma das causas para esse aumento dos casos da síndrome de Guillain-Barré está no avanço do número de ocorrências de dengue, zika e chikungunya que acontece não só na Paraíba, onde uma pessoa morreu da doença, mas em outros estados brasileiros.
Dos estados nordestinos, segundo o site piauiense Cidade Verde, o Piauí é o estado com maior incidência de casos da síndrome Guillain-Barré, proporcional à população, com o percentual de 0,90 casos para 100 mil habitantes. Em seguida está Pernambuco (0,69 casos por 100 mil/h), em 3º lugar a Bahia, com 0,33 casos por 100 mil/h; 4º lugar Maranhão (0,21 casos por 100 mil/h) e em 5º posição está o estado da Paraíba com 0,15 casos por 100 mil/h e por último Ceará com 0,12 casos registrados da doença para cada 100 mil habitantes.
Redação com ClickPB
