A previsão de realização de um novo pleito no Reino Unido era só para 2020
Em um anúncio inesperado nesta terça-feira (18), a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, convocou para 8 de junho eleições antecipadas no país após uma reunião do Conselho de Ministros. O ano previsto para as próximas eleições era 2020.
“Eu acabei de liderar uma reunião do governo em que nós concordamos em convocar uma eleição geral no dia 8 de junho”, disse May.
A primeira-ministra marcou as eleições apesar de ter rejeitado várias vezes nos últimos meses a possibilidade de realizar um novo pleito no país.
Ela garantiu que o governo tem o plano correto para negociar os termos da saída do Reino Unido da União Europeia e afirmou que a antecipação vai dar a uniçao política que Londres precisa nesse momento.
— O Brexit é de interesse nacional, mas os outros partidos se opõem.
As eleições foram convocadas para enfrentar o forte clima de divisão disseminado pela oposição do Partido Trabalhista, dos Liberais Democratas e dos movimentos de independência na Escócia. A situação poderia enfraquecer o Reino Unido nas negociações com a UE.
Admitindo que tinha excluído anteriormente a ideia de novas eleições, May disse que agora reconhece que este “é o único modo de garantir a estabilidade” do país.
— Precisamos e precisamos fazer isso agora.
Ela também aproveitou a ocasião e pediu para os britânicos votarem na sua legenda, o Partido Conservador, para conduzir o processo de divórcio do país da União Europeia.
May tomou posse em 13 de junho de 2016, após a renúncia do então premier David Cameron. Ele deixou o cargo porque não conseguiu conter a vitória do “sim” no referendo que optou pelo Brexit.
A proposta de antecipação do pleito será feita para a Câmara dos Comuns amanhã (19) pela própria May.
Impactos na economia
Após o anúncio surpreendente da primeira-ministra, do lado de fora de seu escritório na Downing Street, a libra já começou a subir em relação ao dólar.