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Primeiro-ministro António Costa, venceu novamente as eleições em Portugal

Com quase 90% das urnas apuradas, segundo a Secretaria de Administração Interna de Portugal, o Partido Socialista obteve até o momento 37,14% dos votos, seguido do Partido Social-Democrata (PSD), principal legenda de oposição, que tem 29,95%.

Pesquisas de boca de urna divulgadas mais cedo pela emissora de televisão estatal RTP já previam a vitória dos socialistas, com entre 34% e 39% dos votos.

As cadeiras do partido devem saltar das atuais 86 para 112, num Parlamento formado por 250 assentos. Para um partido possuir maioria absoluta, é preciso contar com ao menos 116 parlamentares.

“A principal pergunta é se teremos nossas mãos atadas”, disse Costa durante um comício na sexta-feira. “Precisamos ter força para garantir quatro anos de estabilidade e para não sermos um governo de curto prazo.”

No mandato atual, o Partido Socialista tem o apoio, sem que haja uma coalizão formal, do Bloco de Esquerda (BE) e da Coligação Democrática Unitária (CDU), formada pelo Partido Comunista Português (PCP) e pelo Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV).

Nos resultados preliminares deste domingo, o BE soma 8,86% dos votos até o momento, enquanto a CDU obteve 5,63%.

Atrás dos dois estão os democratas-cristãos do Partido Popular (CDS-PP), com 4,51%. Outro possível parceiro em uma nova coalizão de governo, o Partido Pessoas, Animais e Natureza (PAN) aparece na sexta posição, com 2,64%.

Uma das incógnitas desse resultado preliminar é o partido de extrema direita Chega, que soma agora 1,17% dos votos, tendo assim a chance de entrar no Parlamento com um deputado.

Portugal é um dos poucos países na Europa onde os socialistas ainda são fortes e os populistas de direita não desempenham um papel significativo na política.

Desde que assumiu o governo português em 2015, Costa, um advogado de 58 anos e ex-prefeito de Lisboa, conseguiu garantir o crescimento e a estabilidade num país abalado anteriormente por uma crise financeira.

A União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) salvaram Portugal da falência em 2011, com um pacote de ajuda de 78 bilhões de euros. Após três anos sob o pacote de resgate europeu, o país conseguiu se recuperar financeiramente em 2014. Contudo, as políticas de austeridade custaram o poder aos conservadores no poder.

Eleito, Costa foi bem-sucedido nos anos seguintes em equilibrar o que era considerado quase impossível: relaxou as políticas de austeridade, aumentou os gastos sociais e, ao mesmo tempo, cumpriu os requisitos de Bruxelas.

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