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Pessoenses podem ficar sem ônibus terça-feira

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O Sindicato dos Motoristas da Paraíba, em assembleias gerais realizadas em dois dias, 3ª e 4ª feiras recentes. aprovou indicativo de greve geral dos motoristas, cobradores e demais trabalhadores do setor de transporte coletivo urbano de João Pessoa para a partir de zero hora da próxima terça-feira, dia 7.

Segundo o presidente daquele sindicato, Antonio de Pádua, a greve foi aprovada pela categoria diante da proposta de reposição salarial oferecida pelo setor patronal, que foi de apenas 6%, bem diferente da pretensão dos trabalhadores que inicialmente pediram 14% e já diminuíram esse percentual para 12%.

Por outro lado, para o presidente do Sindicato patronal, o SINTUR-JP (Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo Urbano de João Pessoa), empresário Alberto Pereira, as empresas já propuseram um índice que vai além da própria capacidade financeira das mesmas, tendo em vista que já se encontram operando, segundo ele, “no vermelho”.

Da parte do diretor institucional do SINTUR, Mário Tourinho, questionado sobre as condições das empresas para honrarem qualquer aumento salarial que venha a ser acordado com os motoristas e demais operadores do transporte coletivo de João Pessoa, ele disse que “claramente há um desequilíbrio econômico-financeiro para a prestação desse serviço, uma vez que as receitas arrecadadas estão bem menores que as despesas mensais que se tem de pagar”. E acrescentou: – “Desde o ano passado que há uma defasagem tarifária. Todos sabemos que quando do último cálculo tarifário a própria SEMOB chegou a um resultado ao redor dos R$ 2,55 e no entanto só foi autorizada a tarifa de R$ 2,45. São 10 centavos de diferença em um contexto aproximado de 6 milhões de passageiros equivalentes… e isto, só aí, representa uma defasagem de R$ 600 mil por mês.”

Concluindo, o diretor institucional do SINTUR enfatizou: – “E agora tem aí a reivindicação salarial dos operadores, querendo 12% de aumento salarial, representando um comprometimento tarifário, só por conta desse item, de 5% (uns 12 centavos) já que essa parte de salário e encargos sociais pesa com 42% sobre o custo total dos serviços. E note também o seguinte, para ilustrar nossa defasagem tarifária: cidades similares como Aracaju e Maceió desde o comecinho do ano que já têm tarifas de R$ 2,70 e R$ 2,75, respectivamente. E até em cidades interioranas, como Feira de Santana e Juazeiro, a tarifa já está em R$ 2,70… sem contar que cidades como Santos e Londrina o valor da passagem urbana é de R$ 3,25.”

Redação Portal S1

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