As falácias de um prisioneiro

Para o prisioneiro Luiz Inácio, Bolsonaro é “monstro” e Moro vai precisar se explicar

O detento e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu entrevista ao jornalista Bob Fernandes, em Curitiba, onde está preso, por corrupção devido a processos da Lava Jato. Na conversa, que vai ao ar nesta sexta-feira (16/08/2019), às 18h, no Youtube, e às 22h, na TVE/Bahia, o detento chamou o presidente da república Jair Bolsonaro de “monstro” e disse que a Globo queria lançar como candidato à Presidência da República o apresentador Luciano Huck. O detento também atacou o ex-juiz Sergio Moro, atual ministro da Justiça e Segurança Pública.

“O que tinha no telefone do Eduardo Cunha que o Moro não queria que ninguém soubesse? Por que eles não aceitaram uma delação do Eduardo Cunha? Tudo isso, o Moro tem que explicar e não tem mais toga. Se ele se escondeu atrás da toga, ele não tem mais. Ele virou um cidadão comum e precisa se explicar para a sociedade brasileira”, afirmou o prisioneiro.

O detento disse que teve oportunidade de fugir do Brasil e que optou por ficar no país, sabendo que seria preso. “Eu quero sair daqui com 100% de inocência, porque eu estou aqui porque eu quero. Eu poderia ter saído do Brasil. Tive muita oportunidade. Não quis sair, porque o jeito de eu ajudar a colocar bandido na cadeia é ficar aqui”, disse o ex-presidente.

Ao falar sobre a Lava Jato, o detento atacou o procurador da república Deltan Dallagnol, autor das denúncias que o colocaram na cadeia. Lula relembrou a coletiva de imprensa em que foi apresentado o power point com acusações contra ele. “Depois de uma hora e meia vomitando bobagem, esse cidadão diz. Não me peçam provas, eu só tenho convicção. Naquele dia, o Conselho Nacional do Ministério Público deveria ter pedido a exoneração desse moleque. O Dallagnol não deveria nem existir, porque ele não tem formação para isso. Por isso fez tanta molecagem e tanta bandidagem.”

O prisioneiro ainda acusou a Polícia Federal de “inventar um hacker” em Ribeirão Preto para justificar os vazamentos de mensagens de Sergio Moro e diz que o órgão “não tem coragem de prender o Queiroz. Ou o Queiroz está morto, ou evaporou”, acusa ele, em referência a Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro.

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