Brasil

Ministro Interino usa jato da FAB para voo exclusivo à Índia e é demitido por Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta terça (28), ao retornar de viagem oficial à Índia, sua decisão de demitir o ministro interino da Casa Civil, Vicente Santini, pelo uso de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) durante viagem ao exterior.

Santini nem sequer deveria ter deixado Brasília, mas decidiu participar do Forum Econômico de Davos, na Suíça, onde não teve qualquer papel relevante, mas de lá requisitou um caríssimo Legacy da FAB para levá-lo a Nova Dheli, a fim de encontrar – também sem necessidade – o presidente Bolsonaro. Ministros titulares e mais importantes, como Paulo Guedes (Economia), Bento Albuquerque (Minas e Energia) e Tereza Cristina (Agricultura), viajaram em aviões de carreira.

A atitude do presidente marca uma conduta a ser observada pelo Poder Executivo no uso de aeronaves do Grupo de Transporte Especial (GTE), da FAB, responsável pelo transporte de autoridades. Uma conduta exemplar que deveria ser seguida pelos demais poderes.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, usa e abusa da prerrogativa de requisitar aviões da FAB para suas viagens. Somente em 2019, ele realizou 238 viagens em jatos oficiais, número superior ao de dias úteis trabalhados na Câmara no mesmo período.

Rodrigo Maia não refresca o bolso do contribuinte nem mesmo durante as férias. Desde o recesso iniciado em 22 de dezembro, o presidente fez 11 viagens em jatinhos da FAB até sexta-feira (24). Ele conseguiu viajar três vezes entre 22 de dezembro e o Natal.

Até para viajar a Miami com a família, no fim do ano, Maia requisitou um jatinho da FAB que o levou a São Paulo, onde embarcaram em voo internacional.

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