Brasil

MEC divulga carta em que garante estar ‘aberto ao diálogo’

O Ministério da Educação se manifestou na tarde desta quarta-feira (15/5) sobre os cortes nas universidades e institutos federais. Ao longo do dia, manifestações e protestos contrários ao contingenciamento ocorreram em todas as partes do país. No Distrito Federal, a Polícia Militar estima que 6 mil pessoas participaram do ato na Esplanada. Confira a nota na íntegra:

“O MEC informa que está aberto ao diálogo com todas as instituições de Ensino para juntos buscarem o melhor caminho para o fortalecimento do ensino no país. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, recebeu diversos reitores de Instituições Federais e Universidades desde que tomou posse no dia 9 de abril A pasta se coloca à disposição para debater sobre soluções que garantam o bom andamento dos projetos e pesquisas em curso.

Quanto ao bloqueio preventivo realizado nos últimos dias atingiu 3,4% do orçamento total das universidades federais. Importante frisar que o MEC, mesmo diante de um quadro de contingenciamento imposto pelo Decreto nº 9.741, de 28 de março de 2019 e da Portaria nº 144, de 2 de maio de 2019, manteve os salários de todos os professores e profissionais de ensino, assim como seus benefícios já adquiridos”, diz a nota.

Sabatina – O ministro da Educação foi convocado nesta tarde à Câmara dos Deputados para esclarecer os cortes na educação. A aprovação da convocação foi considerada uma derrota para o governo. O pedido de convocação partiu do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) e foi aprovado por 307 deputados, incluindo filiados a partidos do Centrão. Só o PSL, de Jair Bolsonaro, e o Novo foram contra, somando 82 votos.

Abraham Weintraub não conseguiu concluir a apresentação e foi convidado a voltar à mesa da Casa. Quando o tempo da apresentação acabou e o ministro foi interrompido, foi possível ouvir vaias e palmas.

Bolsonaro – Em viagem aos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro chamou os manifestantes de “idiotas úteis” e minimizou os protestos. “É natural, mas a maioria (dos manifestantes) é militante. Se você perguntar a fórmula da água, não sabem, não sabem nada. São uns idiotas úteis sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo das universidades federais no Brasil”, afirmou.

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