Corrida Presidencial

Jamais assinaria ‘Carta ao Povo Brasileiro’, diz Ciro ao criticar Lula

O pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) afirmou nesta segunda-feira (12) que nunca assinaria um documento com compromissos ao mercado como a “Carta ao Povo Brasileiro”, subscrita pelo então candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002.

O pedetista diz, no entanto, prometer que num eventual governo seu não haverá sustos na área.

“Eu jamais assinaria aquela carta. Aquilo subalterniza a autoridade do presidente. Elege no lugar do povo uma força que não deveria prevalecer sobre o conjunto da população”, disse Ciro Gomes.

“Mas eu já disse que em meu governo não haverá susto. Ninguém precisa ter medo.”

Nesta semana, o pedetista inicia agenda como pré-candidato. Ele passou mais de duas horas na noite desta segunda (12) respondendo aos participantes perguntas sobre economia e política.

Estava acompanhado do ex-ministro Mangabeira Unger (a quem cogita, segundo ele próprio, pôr no Ministério das Relações Exteriores em um eventual governo) e o economista Nelson Marconi, da FGV (Fundação Getulio Vargas).

Ainda aos jornalistas, voltou a avaliar o cenário político e afirmou que acredita que dividirá o segundo turno com o governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) – já que Lula foi condenado e o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), segundo ele, tem “grave inconsistência”.

“Eu tenho uma certa vivência na política, mas posso estar enganado. Hoje, inclusive aqui em São Paulo, está todo mundo se rendendo a uma evidência de que o Alckmin não cresce [nas intenções de voto]. Eu não vejo isso.”

Ele diz que ter o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) como vice de chapa seria seu “dream team” (time dos sonhos) e a ex-ministra Marina Silva (Rede) o “dream team 2”.

Aos participantes, Ciro prometeu, se eleito, tributar progressivamente lucros e dividendos e heranças, revisar o SUS e tornar mais rígida a legislação sobre o crime de lavagem de dinheiro.Disse que faria os bancos estatais (Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil) competirem de forma mais acirrada com os privados.

Se manifestou contra a autonomia do Banco Central, mas disse que tornaria o presidente “mandatário para perseguir a inflação e o pleno emprego”.

 

 

 

 

 

 

 

Com informações da Folhapress

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