Comportamento

Interrogatórios do JN da Globo foram insuficientes para “impressionar” o eleitor

Os “interrogatórios” aos candidatos à Presidência da República no Jornal Nacional, da Rede Globo foram insuficientes para dar um “impressionar” algum dos nomes ao Planalto, na medida em que focaram, sobretudo, em temas do passado já amplamente explorados.

As perguntas, em geral, foram muito pobres no sentido de mostrar programas de governo ou proposições para o futuro do País. No fundo foi uma luta dos candidatos de escapar da agenda negativa e assuntos do passado. Só reforçou os temas do debate que já estavam aí. Nenhum deles conseguiu dar um choque de imagem, uma desconstrução de narrativa. Mesmo diante de um jornal de forte audiência, os candidatos não conseguiram aproveitar o espaço para tornar a participação, de alguma forma, definitiva na corrida, acredita o cientista político.

O nome do PSL na disputa, Jair Bolsonaro, pode ter tido uma avaliação positiva no programa por parte de seu eleitorado, mas sua inserção no JN não foi suficiente para ampliar seu universo de eleitores. Enquanto isso, Geraldo Alckmin (PSDB), segue sendo o ‘segundo candidato de todos’, mas não despertou interesse mais intenso por parte do eleitorado.

Com o caminhar da corrida eleitoral e a aproximação de um outro degrau, a propaganda eleitoral, três nomes estarão mais prejudicados: Bolsonaro, Ciro Gomes e Marina Silva. Essa fase de campanha é complicada para eles, com pouco tempo de TV.

E principalmente Marina, num certo sentido ela vai ficar vendo os candidatos se mobilizarem na TV. Ela conseguiu, por meio da questão feminina, tirar um pouco da imagem de fragilidade que ficou das últimas campanhas. Mas dificilmente ela vai ser o voto útil do eleitor não petista e que não quer ir no Bolsonaro.

Mais popular