Opinião

Gastos insanos da máquina pública corroem investimentos no Brasil

O Brasil precisa, e precisa logo, investir pelo menos US$ 2 trilhões para zerar o seu deficit em equipamentos de infraestrutura. Não é uma opção. É uma necessidade objetiva — ou se constrói os portos, as estradas, as ferrovias, os metrôs, as pontes e os viadutos, as obras de saneamento básico que o país precisa utilizar e hoje não tem, ou não adianta fazer apresentações em power point sobre economia, investimento, emprego, aumento de renda e tudo o mais que significa progresso.

Atenção: esses US$ 2 trilhões são apenas para construir o que está faltando hoje. A partir daí, será preciso começar o trabalho para dar ao país infraestrutura realmente capaz de fornecer à economia brasileira condições efetivas de competir com o resto do mundo.

Não há dinheiro para isso, nem no governo nem na economia interna. Com a cordilheira de impostos que o Estado brasileiro extorque da população não se pode contar. Vai tudo para pagar as lagostas do STF e o restante dos gastos absolutamente insanos da máquina pública, em todos os seus aspectos — dos salários e das aposentadorias milionárias das castas superiores do funcionalismo ao pagamento dos juros da dívida pública. Não sobra um tostão; ao contrário, o governo arrecada tudo isso e ainda fica devendo.

A iniciativa privada nacional não tem capital para cobrir os investimentos que precisam ser feitos. A única solução está fora do Brasil, onde existem hoje cerca de US$ 17 trilhões ociosos, recebendo juros negativos, e à procura de oportunidades de aplicação.

Os donos desse dinheiro necessitam, basicamente, de uma coisa só para pensarem em investir no país: a garantia de que não serão roubados. Além, naturalmente, de projetos que façam sentido e prometam retorno do investimento. O Brasil não está conseguindo oferecer nem uma coisa nem outra.

 

J.R.Guzzo – foto: renova mídia

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