Opinião

Folha de São Paulo e Rede Globo, os grandes derrotados

Não há nada de errado numa empresa de mídia ter uma posição ideológica. Mas tem tudo de errado tentar esconder esse fato num arranjo subliminar com a intenção de influenciar e induzir a opinião pública.

Foi o que fizeram os veículos da Rede Globo – que mantém sociedade de fato com o jornal Folha de São Paulo. E isso ficou claro e nítido no curso da campanha eleitoral. Resultado é que esses veículos perderam credibilidade.

Um estrondoso fiasco, cujo reflexo vai se acentuar cada vez mais. Foram desmoralizados por um candidato, e por milhões de pessoas, usando somente um celular.

Hoje, nos seus telejornais, radiofônicos e veículos impressos, o Grupo Globo assimilou e acusou parcialmente o “golpe”, tentando uma linha editorial “baba ovo”, “chapa branca”. Ainda que alguns dos seus comentaristas tenham destinado mais tempo para falar de Haddad do que da grande vitória de Bolsonaro.

A eleição acabou. De dois em dois anos, entretanto, o processo político se repete e se renova. Mas essa mídia comprometida está na fase analógica, enquanto a massa populacional está na fase digital.

Basta ver os estragos feitos, não somente pelos candidatos não apoiados pelas referidas empresas, que na sua esmagadora maioria foram eleitos. Mas também, por exemplo, a desmoralização muito bem feita pelo empresário Luciano Hang (HAVAN), que deixou veículos poderosíssimos literalmente de quatro, manejando “lives” aqui no Facebook, assistidas e compartilhadas por milhares de pessoas.

Para termos ideia do tamanho do estrago, Bolsonaro tem perto de 20 milhões de seguidores (consideradas todas as mídias). Fala diretamente com essa massa, em tempo real, com pouquíssimo esforço, a custo próximo de zero.

De outro lado, podemos observar o sucesso de novas mídias, como por exemplo o site “O Antagonista”.

Daí que sobrou uma pergunta:

Quem ainda dá bola, forma opinião ou leva a sério o jornalismo da Globo ou da Folha de São Paulo?

Diria que muito pouca gente. Com tendência de baixa cada dia mais significativa. O jornalismo da Globo e da Folha de São Paulo são as grandes instituições derrotadas nestes eleições, sem terem sido candidatos.

A Folha de São Paulo virou papel para embrulhar peixe ou forrar gaiola. A Globo está tal qual um pugilista que tomou um cruzado de direita: em contagem pré nocaute.

Isso sem contar que o marketing político tradicional, ó, báo, báo: já era!

Que grande anunciante vai querer por sua marca ou seus produtos em veículos desmoralizados?

A HAVAN que não…

E em janeiro as coisas vão ficar muito pior.

A senha está dada: “Conheça a verdade. E a verdade vos libertará!”.

Quem viver verá. Né?

 

 

 

Luiz Carlos Nemetz

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