A Fifa concluiu nesta quinta-feira o inquérito interno que investigou as acusações de corrupção nas candidaturas das sedes da Copa do Mundo de 2018 e 2022 e apontou que as escolhas tanto da Rússia como do Catar foram legítimas e “livres de corrupção”.
O comitê de ética da entidade divulgou um relatório com o resultado de dois anos de investigações sem apontar qualquer problema na votação que apontou os países como sedes das duas próximas Copas.
“A Fifa celebra a conclusão do inquérito e agora olha para frente esperando continuar os preparativos para a Rússia 2018 e Catar 2022 que já estão em andamento”, disse a Fifa em documento assinado por Hans-Joachim Eckert, responsável pelo comitê de ética da entidade.
As candidaturas da Rússia e do Catar sempre estiveram sob suspeita e desde 2010 enfrentam denúncias de compra de votos. Em 2012, uma publicação do jornal inglês “Sunday Times” denunciou que os responsáveis pela candidatura do Catar subornaram federações para que votassem pelo país. A Fifa informou nesta quinta que ouviu representantes das candidaturas e do Comitê Executivo da entidade e não chegou a qualquer suspeita de que houve corrupção no processo de escolha das sedes.
Segundo a Fifa a investigação durou mais de um ano e foram entrevistadas 75 testemunhas. Ela foi conduzida pelo juiz norte-americano Michael Garcia e um relatório foi entregue à Fifa para análise em setembro. A entidade encarregou Eckert para concluir a investigação e o relatório final foi entregue nesta quinta.
Apesar de admitir que a candidatura do Catar pagou cerca de R$ 12 milhões para conseguir apoio de empresários e dirigentes, a conclusão da Fifa é de que isso não é suficientemente grave para tirar a Copa de 2022 do país.
“A percepção de que a votação das sedes da Copa do Mundo da Fifa foi comprada é mera especulação e longe de qualquer coisa que o Comitê de Ética da Fifa está autorizado a aceitar como prova”, disse Eckert.
O relatório da Fifa diz respeito apenas às denúncias de corrupção na escolha das sedes da Copa do Mundo. Não trata, por exemplo, das denúncias de que o Catar explora trabalhadores na construção de estádios ou das condições climáticas do país do Oriente Médio para receber um evento no verão, temas também polêmicos.
O Dia Online
