Brasil

“Estamos cumprindo a lei”, diz ministro sobre contigenciamentos na Educação

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, está na Câmara dos Deputados, na tarde desta quarta-feira (15/05/2019), após ter sido convocado pelos parlamentares para explicar o bloqueio no orçamento das universidades públicas e de institutos federais.

“Nós estamos cumprindo a lei”, disse o ministro.

“O Ministério da Economia, do qual Paulo Guedes é titular, e esteve várias vezes aqui, explicou que, pela Lei de Responsabilidade Fiscal, temos que começar a contingenciar quando a receita não corresponder ao que foi orçado no ano anterior pelo Congresso Nacional”, afirmou.

Weintraub usou mais de 30 minutos do tempo de fala para fazer uma apresentação sobre a situação da educação no país, dos primeiros anos até o ensino técnico. E foi vaiado pelos parlamentares da oposição.

Após a apresentação, iniciaram-se os debates, com os deputados oposicionistas indo à tribuna para inquirir o ministro e os governistas para defendê-lo. A audiência coincide com as manifestações convocadas em todo o país contra o contingenciamento dos recursos nas universidades e institutos federais.

O ministro culpou os governos petistas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ex-presidente Dilma pela situação na educação, além do comprometimento do orçamento. Vale ressaltar que o orçamento para o ano vigente é estabelecido pelo governo e aprovado pelo Congresso Nacional no ano anterior.

“Eu fui bancário de carteira assinada, trabalhei muito, recebi o ticket. Vocês conhecem carteira de trabalho? Aquela azul?”, disse Weintraub aos deputados.

Depois, citou Lula em um caso que teria ocorrido dentro do banco:

“Quem ligou para o dono do Santander na Espanha para pedir a cabeça de uma bancária colega minha foi o Lula”.

Gritos de demissão – Os oposicionistas reagiaram aos gritos, pedindo a demissão do ministro da Educação. O deputado Marcos Pereira (PRB-SP), que está presidindo a sessão, precisou intervir e chamou a atenção do ministro.

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