Política

Deputados da PB justificam voto sobre a terceirização; quatro foram contra, cinco a favor e três faltaram

Nove dos doze deputados federais participaram da sessão da Câmara Federal que aprovou a terceirização para todas as atividades

Nove dos doze deputados federais participaram da sessão da Câmara Federal que aprovou, nessa quarta-feira (22), a terceirização para todas as atividades das empresas. Cinco votaram a favor, quatro contra e três estavam ausentes. O Blog do Gordinho ouviu alguns parlamentares sobre as suas justificativas de voto.

Votaram a favor da terceirização para todas as atividades os deputados Aguinaldo Ribeiro (PP), Rômulo Gouveia (PSD), Pedro Cunha Lima (PSDB), André Amaral (PMDB) e Benjamin Maranhão (PMDB). Já os deputados Wilson Filho (PTB), Veneziano Vital do Rêgo (PMDB), Luiz Couto (PT) e Damião Feliciano (PDT) foram contrários. Os deputado Efraim Filho (DEM), Wellington Roberto (PR) e Hugo Motta (PMDB) não participaram da votação.

O líder do governo na Casa, Aguinaldo Ribeiro (PP), defendeu a aprovação do projeto com o argumento irá ajudar a aquecer a economia. “O Brasil mudou, mas ainda temos uma legislação arcaica. Queremos avançar em uma relação que não tira emprego de ninguém, que não vai enfraquecer sindicatos. Eles também vão se modernizar”, disse.

André Amaral (PMDB) justificou o seu voto favorável afirmando que a medida irá regularizar a situação de trabalhadores que hoje estão desamparados pela lei, além de possibilidade da criação de novos postos de trabalho. “Hoje nós temos mais de 13 milhões de brasileiros que já vivem sob o regime da terceirização e que estavam sem uma legislação que os amparassem. Por outro lado, pensando que é importante criarmos novos postos de trabalhos. Não há de se ter medo de imaginar que vai acontecer uma precarização dos direitos trabalhistas”, declarou.

O deputado Pedro Cunha Lima (PSDB) disse que a medida não trará prejuízos ao trabalhador, e que projeto será bom para a economia do Brasil. “O que é contra trabalhador é desemprego. Estamos em uma situação calamitosa e precisa mudar. Precisa acabar essa história de quem é empregador é contra o trabalhador”, garantiu.

Votando contra o projeto, o deputado Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) disse que a ampliação da terceirização irá gerar uma fragilização da relação emprego-empregador. “É um exagero um instante que você permite que a terceirização se estenda às atividades-fim, que aí me parece claramente desestruturar por completo muitas atividades que por excelência não se permitirão mais ter um vínculo e uma relação de trabalho mais segura”, afirmou.

O deputado Wilson Filho (PTB) amparou seu voto contra no apelo popular com base nos prejuízos potenciais ao trabalhador. “Muitas pessoas me procuraram de diversas regiões do país pra falar das suas opiniões sobre as dificuldades que essa terceirização generalizada poderia causa às vagas de trabalho, porque isso daria um poder muito forte para as empresas, que iriam diminuir valor de salário, quantidade de vagas. Pensei melhor, refleti sobre o assunto, e votei contra”, explicou.

A preocupação com a diminuição dos direitos do trabalhador foi a justificativa de Damião Feliciano (PDT), que votou contra a matéria. “Minha preocupação é com a retirada dos direitos do trabalhador. Conquistas que foram conseguidas há muito tempo, eu acho que a gente não tem que mexer, principalmente com a camada do povo. Tem que ter reajustes, mas sem prejudicar o trabalhador brasileiro. Essa forma como está sendo feita é como se fosse um enfraquecimento em relação ao trabalhador brasileiro”, disse.

Tentamos contato com os deputados Rômulo Gouveia (PSD) e Efraim Filho (DEM), Luiz Couto (PT), Wellington Roberto (PR) e Benjamin Maranhão (SD) mas, até o fechamento da matéria, não obtivemos resposta. Hugo Motta (PMDB) está em Lua de Mel e não participou da votação.

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