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Depois de 25 anos sem disputa, pleito da FPF pode ter recorde de inscritos

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Após 25 anos, a eleição para presidência da Federação Paraibana de Futebol (FPF) pode entrar na história. Pelo menos no número de candidatos a presidente. Depois da ex-presidente Rosilene Gomes ser afastada da entidade pela Justiça da Paraíba, acabando com uma sequência de 25 anos de reeleições por aclamação e com chapas únicas (seis ao todo), o pleito agora pode ter um número recorde de candidatos. Até esta terça-feira, dia em que o edital de convocação para a eleição foi publicado, seis diferentes pessoas ligadas ao futebol paraibano já demonstraram interesse em participar da disputa.

São dois integrantes da Junta Provisória da FPF, que substituíram Rosilene após a decisão judicial, dois dirigentes de clubes e dois ex-presidentes de clubes. Todos confessaram que já dialogam com os votantes em busca dos apoios.

O primeiro a se dizer candidato foi Ariano Wanderley, que é da Junta da FPF. Depois, o presidente do Conselho Deliberativo do CSP, Josivaldo Alves; o presidente do Cruzeiro de Itaporanga, Nosman Barreiros; e o ex-presidente do Campinense, Rômulo Leal, também falaram desse interesse. Hoje, mas dois nomes admitiram que estão na fase de “campanha informal”: o também interventor João Máximo; e o ex-presidente do Auto Esporte, Klécius Gomes.

Mesmo com dois dos três interventores da Junta admitindo interesse em presidir a FPF, João Máximo diz que não há problemas entre eles. Inclusive, ele contou que já conversou com Ariano sobre o assunto e disse que “não há segredo” entre os dois.

– Não vejo nenhum inconveniente em me candidatar por causa da função de interventor. Não acho que isso me impede de sair como candidato, se houver condições para isso. Mas ainda falta um bom tempo para pensar e tomar uma posição mais definitiva. Mas posso afirmar que há um interesse em me candidatar.

 

Sob o pretexto de que na política tudo é possível, João disse que não descarta também uma aliança com Ariano.

O ex-presidente do Auto Esporte, Klécius Gomes, admitiu por sua vez que o interesse em participar do pleito surgiu após ter sido procurado por clubes amadores, principalmente do interior do Estado.

– No momento estou fora da Paraíba, mas estou voltando na segunda quinzena de novembro, quando vou me reunir com dirigentes do Estado, que me confirmaram apoio. Por ter ligação com o Auto, acredito que vou ter o apoio do Alvirrubro e também de outros clubes, até porque sempre tive boas relações com times profissionais da Paraíba – declarou Klécius.

A briga não vai ser fácil. E mesmo se admitindo que provavelmente nem todos conseguirão confirmar suas candidaturas, a expectativa é que a ex-presidente Rosilene Gomes ainda apresente um nome para o pleito, mas ainda não se sabe se ela poderia ou teria interesse em ser candidata, ou se optaria por indicar alguém de sua confiança. O fato é que é dito como certo que esta candidatura será confirmada no futuro.

Existem, é verdade, algumas curiosidades entre os próprios candidatos. Josivaldo Alves, por exemplo, já foi punido ao menos duas vezes pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por supostas irregularidades à frente do CSP. Enquanto que Nosman Barreiros quer ser presidente da FPF, mas mal consegue administrar o Cruzeiro de Itaporanga. O time desistiu da 2ª divisão do Campeonato Paraibano de 2014 por falta de condições de participar da competição de acesso.

Campanha aberta

De todos os pretensos candidatos, o único que já demonstra fazer campanha é o interventor Ariano Wanderley. Ele admitiu em mais de uma oportunidade que vai se candidatar e disse que espera continuar à frente da entidade:

– Eu quero de verdade continuar. E fazer a coisa mais democrática possível em prol do futebol e dos clubes paraibanos. Porque eu estou ali (na FPF) para somar e para ajudar a todos os que fazem o esporte no Estado – declarou Ariano.

Em suas declarações, fez inclusive ataques à antiga gestão de Rosilene:

– Neste período na FPF, conseguimos muitos avanços para os clubes. E ninguém regride em direitos adquiridos. Por isso eu tenho certeza que o tempo do chicote acabou. Nenhum filiado da FPF vai aceitar voltar ao passado – declarou.

Globoesporte

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