Política

Consórcio do Nordeste não visa oposição ao Presidente, diz governador da PB

O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), afirmou que o governo federal cancelou o envio de recursos que já estariam garantidos para duas grandes obras federais no estado: uma barragem e a dragagem do principal porto do estado. Além disso, afirma que o governo não assinou nenhum convênio com a Paraíba neste ano.

João Azevêdo diz que é preciso desarmar o palanque montado em 2018. “A lógica fica sempre um pouco na lógica do palanque. Parece que a eleição não terminou. Fica essa discussão de ‘nós contra eles’, quem é favor ou contra, um Flamengo e Fluminense que não nos interessa. Não me interessa esse tipo de disputa”, critica.

Atacado por Bolsonaro ao tentar consertar a frase em que chamou o Nordeste de ‘paraíba’, o governador critica o clima de animosidade para o qual acabou sendo puxado e nega que tenha interesse escondendo o nome de Bolsonaro em obras federais. “Eu não tenho preocupação até porque a legislação prevê a inclusão de todos os entes em placas.”

Para Azevêdo, as falas de Bolsonaro não são motivo de preocupação pessoal, mas ele cobra um tratamento republicano com a Paraíba. “Vou continuar cobrando tratamento republicano que nosso povo do estado merece. São 4 milhões de habitantes, eles têm direito”, diz.

Na conversa com a reportagem na tarde de quinta-feira (8), Azevêdo falou sobre a ideia de que os governadores do Nordeste querem se separar do país ou transformá-lo em Cuba, como insinuou Bolsonaro, por conta da criação de um consórcio dos estados. “Fico pensando quando ele descobrir o consórcio do Brasil Central, o consórcio da Amazônia Legal; que os estados do Sul e Sudeste também estão se organizando para criarem os seus consórcios”, diz.

Com o slogan “O Brasil que cresce unido”, o Consórcio Nordeste foi apresentado no último dia 4, em Salvador, e reúne os nove estados da região. A ideia é realizar uma série de investimentos em conjunto, como a criação de uma central de compras, e fechar parcerias com entidades internacionais. Outra proposta é tentar contratar médicos estrangeiros para atuar na região.

 

 

 

com uol

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