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Com guerra comercial, dólar vai a R$ 3,96 e Ibovespa cai 2,5%

O dólar encerrou esta segunda-feira, 5, cotado a R$ 3,9566, uma alta de 1,68%, em consequência do acirramento da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. É a maior cotação desde 30 de maio, quando a moeda bateu R$ 3,98.

A Bolsa brasileira também foi influenciada pela tensão entre as maiores economias do mundo e fechou a 100.097 pontos após um tombo de 2,5%.

Nesta segunda, a China deixou o yuan romper o nível de 7 por dólar pela primeira vez em mais de uma década, num sinal aos EUA de que o país está disposto a tolerar mais fraqueza no câmbio.

O agravamento da crise entre os países, que uma semana antes negociavam um acordo, disseminou perdas pelos mercados financeiros globais e fez com que o dólar se valorizasse ante as principais moedas emergentes.

A depreciação pode gerar uma guerra cambial, já que a China se beneficia de uma moeda mais fraca em suas exportações, além de ser um instrumento de revide à sobretaxa de importação americana anunciada na quinta, 1º.

O banco central chinês definiu o ponto médio diário de um dólar em 6,9225 yuans antes de o mercado abrir, seu nível mais fraco desde dezembro de 2018. O dólar terminou a sessão chinesa em 7,0352 yuans, nível mais fraco desde março de 2008.

Na quinta, do presidente americano Donald Trump anunciou a decisão de taxar, em 10%, US$ 300 bilhões de bens chineses. Trump justificou a medida ao acusar a China de não honrar os compromissos agrícolas definidos nas negociações de um acordo comercial.

Pequim negou as acusações e disse que a fala de Trump é “sem fundamento”.

Segundo analistas, o anúncio de Donald Trump de novas tarifas aos chineses é um instrumento de pressão ao Fed, banco central americano, para que a instituição promova novos cortes de juros. Nesta segunda, Trump, inclusive, cobrou uma resposta do Fed frente à desvalorização do yuan.

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