Cidades

Chove mais de 100 mm em JP

Aesa previa volume de 67mm de chuvas para este mês em João Pessoa; ultimas chuvas já registraram 122,2 milímetros.

ossário

O acumulado das chuvas registradas em João Pessoa de sábado até o final da tarde de ontem foi de 122,2 milímetros (mm). O volume representa 42,5% do total de chuvas do mês de setembro de 2013, que registrou 286,9mm, segundo dados da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa-PB). No entanto, o órgão previa para este mês um volume de chuva de 67 mm.

De acordo com a meteorologista da Aesa, Marle Bandeira, o período chuvoso no Litoral é de janeiro a julho, quando são registradas chuvas mais intensas, mas nos meses de agosto e setembro também há possibilidades de ocorrer precipitações, como as dos últimos três dias. “Esse é um evento comum nesse período e ocorre por conta do deslocamento da umidade vinda do Oceano Atlântico em direção à costa leste do Nordeste. Por isso, a previsão é de ocorrência de mais chuvas esparsas nos próximos dias, com temperatura variável entre 22° e 28° no Litoral”, disse.

As fortes chuvas na manhã e início da tarde de ontem causaram o desabamento do muro do cemitério do Cristo. Na hora do acidente não transitava ninguém nas proximidades, entretanto o ossário do cemitério ficou exposto com a queda. As pessoas que moram próximo do cemitério afirmam que esta é a primeira vez que isso acontece.

“O estrondo foi tão forte que eu pensei que tinha caído todo o muro. Os ossos ficaram aparecendo, mas no início da tarde foram recolhidos. Vi na hora que caiu e não teve nenhuma vítima”, relatou o auxiliar de pedreiro Erik Luan. Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria de Desenvolvimento e Controle Urbano (Sedurb), assim que o muro desabou a equipe de operações esteve no local para analisar o problema. A equipe adiou a reconstrução do muro para hoje, já que a chuva inviabilizaria a realização dos trabalhos.

Apesar da forte chuva durante a madrugada de ontem, a Defesa Civil Municipal não recebeu nenhum chamado de emergência, nem qualquer situação que pudesse ser considerada de risco à população das 31 áreas monitoradas pelo órgão com histórico de inundações e desmoronamento durante períodos chuvosos, segundo o coordenador Francisco Noé Estrela. Mesmo assim, na manhã de ontem, equipes da Defesa Civil visitaram algumas comunidades ribeirinhas da capital, a exemplo da São José, em Manaíra, Tito Silva (Miramar), São Rafael (Castelo Branco) e Cuiá entre os bairros de Mangabeira e Valentina de Figueiredo.

Para Noé Estrela – que lembrou que há exato um ano, no dia 8 de setembro de 2013, a Defesa Civil Municipal decretou estado de emergência na capital – a falta de registros de incidentes em decorrência das chuvas é consequência da operação ‘João Pessoa em Ação – Força Municipal de Prevenção de Riscos’, iniciadas em abril deste ano, que realiza diversas atividades como capinação, roçagem, desobstrução de galerias pluviais, limpeza e desassoreamento de rios, remoção de entulhos e desapropriação de famílias residentes em áreas de risco. “Por conta do trabalho preventivo intensificado nas áreas mapeadas anteriormente, não estamos tendo maiores problemas. Ao total, já relocamos cerca de 2.200 famílias das áreas de risco, sendo 110 somente no São José, onde já existem mais 165 famílias cadastradas para deixar as casas localizadas próximas ao rio e encostas”, declarou.

O coordenador destacou que as atividades preventivas e de monitoramento estão sendo realizadas em parceria com a Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur) e das Secretarias de Desenvolvimento Urbano (Sedurb), Infraestrutura (Seinfra), Desenvolvimento Social (Sedes) e Meio Ambiente (Semam). “Caso haja a necessidade de atendimento, qualquer pessoa pode acionar equipes de plantão pelo Disk 24h, no 0800 285 9020”, pontuou. (Colaborou Secy Braz)

Redação com JornaldaParaíba

Mais popular