Após o arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, o governador Ricardo Coutinho (PSB) escalou um grupo de cinco deputados para tentar demover o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) da pretensão de ser candidato a governador nas eleições estaduais deste ano, mas os parlamentaresobtiveram do tucano a mesma resposta dada ao religioso: está impossibilitado de recuar da candidatura por força de uma pressão popular imensa.
A informação foi divulgada na coluna do jornalista Walter Santos, no Portal WSCOM.
Segundo o jornalista, o anúncio da candidatura de Cássio deve acontecer depois do Carnaval. “A decisão está tomada, só resta agora definir hora e lugar”, sintetizou um dos mais procurados parlamentares de sua mais alta confiança.
Confira abaixo a coluna de Walter Santos na integra:
Cássio, candidato: tentativas, reação e lançamento
A revelação pelo WSCOM de que o arcebispo da Paraiba, Dom Aldo Pagotto, tinha ido tentar persuadir o senador Cássio Cunha Lima de não ser candidato ao Governo e manter a aliança com o governador Ricardo Coutinho. Ressoou imensamente, até fazer Socialistas se articularem com grandes colunistas para fazer reverberar a insatisfação do governador Eduardo Campos, defensor da aliança, e do próprio RC, ultimamente furioso com essa possibilidade.
A Coluna/Blog até reproduz nota veiculada na Coluna de Lauro Jardim, de Veja, tratando do assunto, mas, antes, informa com todas as letras que Cássio disse ao arcebispo que estava impossibilitado de recuar da candidatura por força de uma pressão popular imensa, jamais a permitir outra decisão, porque significa um chamamento em nível irrecusável.
Quem de fato ouviu/soube dos desdobramentos até pontua que Dom Aldo reagiu dizendo que desta forma iria ficar neutro, não iria se meter na campanha.
MAIS PRESSÃO PRÓ RC
O governador despachou um grupo de deputados estaduais – computou-se o número de cinco – para tentar demover o senador da candidatura.
Sairam de lá com a mesma condição já sabida: Cássio não assume ainda mas este é um fator de tempo.
POR QUE DEMORA?
Por saber da alta significação desta decisão, Cássio computa todas as virgulas e pormenores com efeitos fantástico depois do anúncio, que deve acontecer depois do carnaval.
Ele se preocupa com alguns aliados que estão no governo e com os prefeitos, estes devendo assumir uma hostilidade sem comum depois do anuncio.
– A decisão está tomada, só resta agora definir hora e lugar – sintetizou um dos mais procurados parlamentares de sua mais alta confiança.
A NOTA DE LAURO JARDIM
Cássio Cunha Lima subiu o tom das críticas contra o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, do PSB, e ultimamente anda tentado a entrar na disputa para tomar-lhe a cadeira. Até então, os tucanos apoiavam, na teoria e na prática, o governo do correligionário de Eduardo Campos.
Antes reticente a comprar a briga, Cunha Lima parece estar mais sensível aos conselhos de Aécio Neves, que adoraria ter um palanque forte na Paraíba.
Mas para confirmar a candidatura, o PSDB tem dois problemas. Primeiro, obter da Justiça eleitoral o parecer de que Cunha Lima não está enquadrado na lei da Ficha Limpa, pois teve o mandato de governador cassado em 2006.
Depois, descobrir uma maneira de o apetite estadual não contaminar as boas relações com o PSB.
Quando ouve falar na possibilidade de Cunha Lima sair candidato, Campos reclama:
– Seria uma incoerência. O PSDB está defendendo o maior número possível de alianças conosco, mas estaria ignorando a estratégia justamente na Paraíba, onde os dois partidos já são aliados.
Por Lauro Jardim
Da Redação
