Política Paraibana

Cássio desabafa sobre a sua derrota e inquérito vai para 1ª instância

Em um de suas primeiras entrevistas a uma emissora de rádio de Campina Grande, após as eleições de 7 de outubro, quando saiu derrotado, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) disse que diversos fatores levaram ao revés nas urnas. O senador citou como um dos motivos para a não reeleição, a sua posição clara em relação ao impeachment da ex-presidente da República, Dilma Rousseff (PT).

O senador também reconheceu que a sua posição que teve em relação à Reforma Trabalhista também pesou no voto das pessoas, citando que fizeram um alarde acerca da reforma espalhando inverdades.

Cássio declarou que está no melhor caminho, pois ele foi definido por Deus e pelo povo.

“Não se perde uma eleição por uma razão única, você tem vários fatores. Eu tenho consciência do mandato que fiz. Honrei a Paraíba com um mandato operoso. Tenho muita serenidade neste instante, porque durante toda a minha vida pública Deus e o povo sempre me conduziram para o melhor caminho e dessa vez não foi diferente”, disse.

Vale lembrar que antes do período eleitoral, o senador tucano foi hostilizado várias vezes por eleitores que não concordaram com a sua posição em relação ao impeachment de Dilma.

Inquérito contra Cássio vai para 1ª instância

Os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal rejeitaram nesta terça-feira, 6, recurso da defesa do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e despacharam o inquérito contra o tucano para a primeira instância. A defesa do parlamentar alega falta de provas e pede o arquivamento do processo.

Cunha Lima é investigado por suposta prática de crimes tributários quando exerceu o cargo de governador da Paraíba, em 2009. Inicialmente, a ministra Rosa Weber, relatora do caso, havia determinado que o processo fosse encaminhado a uma das varas criminais da Paraíba, visto que o parlamentar, à época do suposto crime, não tinha foro junto ao STF.

A defesa apresentou recurso, alegando que nove anos após a abertura do inquérito ainda não foram apontadas provas contra ele.

O processo foi retomado nesta terça após vista do ministro Luís Roberto Barroso, que acompanhou Rosa Weber, Luiz Fux e Marco Aurélio – estes entenderam que o arquivamento do inquérito não poderia ser feito devido à falta de diligências periciais.

Além disso, os ministros alegam que os delitos investigados ‘não são relacionados ao exercício de mandato de senador e ocorreram antes da diplomação no cargo, em 2010’.

O voto vencido foi o ministro Alexandre de Moraes, que considerou não ter encontrado indícios de crimes após a tramitação do inquérito.

 

 

 

 

 

 

Com Estadão

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