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Campeonato Paraibano de 2019 de futebol pode contar com 12 clubes

Por conta dos desdobramentos da Operação Cartola, que desmontou um esquema de fraudes no Campeonato Paraibano, a edição 2019 do certame pode sofrer “uma virada de mesa”, e contar com 12 clubes no ano que vem. Essa possibilidade foi admitida pelo novo presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Nosman Barreiro, que substitui Amadeu Rodrigues.

Segundo o novo mandatário da entidade, com a edição 2018 do certame em xeque após a realização da Operação Cartola, o mais correto seria que Auto Esporte e Desportiva Guarabira permaneçam na primeira divisão para o próximo ano, o que levaria o Campeonato a ser realizado com 12 equipes, sendo os oito que permaneceram, o Alvirrubro pessoense, o Azulão brejeiro e os dois que conquistarão o acesso através da Segundinha 2018, a ser realizada neste semestre.

– Isso seria bom e fortaleceria principalmente o futebol de João Pessoa, pois o Auto Esporte é um grande time. O Brejo também sairia fortalecido. Por tudo que foi descoberto pela Operação Cartola, seria justo manter as duas equipes na primeira divisão do próximo ano – disse.

E não é só isso. Se na elite a ideia é manter os dois rebaixados este ano, na Segundinha a proposta é permitir a entrada do Paraíba de Cajazeiras e do Cruzeiro de Itaporanga, time este que já foi presidido pelo próprio Nosman Barreiro em temporadas passadas.

Antes prevista para setembro, a divisão de acesso do Campeonato Paraibano já conta com 12 times para a edição 2018. As equipes seriam divididas em três grupos (Litoral, Agreste e Sertão).

Caso Paraíba e Cruzeiro sejam inseridos, ainda não se sabe como será feita a divisão dos clubes

Esse cenário é mais um embate ideológico entre Nosman e Amadeu Rodrigues, afastado do cargo pela Justiça na última quarta-feira. Isso porque uma das ideias de Amadeu era justamente enxugar a competição, diminuindo o número de participantes. Um eventual salvamento de Auto e Desportiva iria na contramão da ideia do presidente afastado.

De acordo com Nosman – que assumiu o cargo oficialmente na última quinta-feira -, deixar o Auto Esporte e a Desportiva Guarabira na elite do futebol paraibano seria uma maneira de amenizar as polêmicas que envolveram o Campeonato Paraibano deste ano, que foi investigado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público, que concluíram que o torneio foi alvo de manipulação de resultados.

De acordo com as investigações da Operação Cartola, a Polícia Civil e o Ministério Público entenderam que algumas partidas tiveram seus resultados manipulados por atos de corrupção, envolvendo dirigentes e árbitros.

Um dos times mais prejudicados teria sido o Nacional de Patos, que acabou jogando o quadrangular da morte, que definiu os rebaixados. Nessa fase, o Naça acabou escapando do rebaixamento, ao contrário de Auto Esporte e Desportiva Guarabira, que fizeram as menores pontuações do quadrangular e caíram para a 2ª divisão do Campeonato Paraibano do ano que vem.

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