Mundial masculino de vôlei

Brasil leva pressão do Egito, mas vence por 3 a 0 na estreia do Mundial masculino

O 3 a 0 no placar indica uma vitória tranquila do Brasil na estreia no Mundial masculino de vôlei. Mas que poderia ter sido ainda mais elástica e rápida pela grande diferença técnica para o Egito, adversário na primeira rodada do Grupo B na Arena de Ruse. Com um ritmo mais lento depois do passeio na primeira etapa, a seleção permitiu que o adversário crescesse em quadra com erros bobos nos dois últimos sets. Nada que ameaçasse o resultado final, cravado em parciais de 25/17, 25/22 e 25/20.

As duas seleções voltam à quadra nesta quinta-feira para a segunda rodada. O Egito encara o Canadá às 11h, enquanto o Brasil faz o jogo mais difícil da chave, na teoria, contra a França, às 14h30 (horários de Brasília).

Wallace e Douglas Souza terminaram a partida como maiores pontuadores do Brasil, com 13 pontos. Pelo Egito, Ahmed Abdelhay foi a maior arma ofensiva, com 13 pontos.

O técnico Renan Dal Zotto alertou que a estratégia do Egito seria forçar o saque. A previsão se confirmou, mas sem sucesso. Os dois primeiros saques adversários foram pontos de graça para o Brasil. Por outro lado, o serviço de Lucão fez a diferença de forma positiva e colocou quatro pontos de vantagem no primeiro tempo técnico.

– Nesses jogos em que entra como franco favorito, o Brasil tem que assumir a responsabilidade e vencer, sim, e bem, como conseguimos fazer hoje. Só que, daqui para frente, não tem mais isso. Tem a França e depois só jogos duríssimos. Vamos pensar em um de cada vez. Essa vai ser uma noite de dormir pouco e estudar muito, para amanhã já treinar aqui no ginásio e, de noite, estar 100% para o jogo – disse o técnico Renan.

Do banco, William pediu ao supervisor Fernando Marone que solicitasse à organização que o ar fosse desligado – o que já havia sido feito na véspera para minimizar a interferência dos dutos de ar na trajetória da bola. Da arquibancada, o problema não era evidente tamanho o passeio brasileiro. Com Bruninho variando bem as jogadas de ataque, a margem só fez aumentar. O Brasil se deu ao luxo de pecar no passe na reta final e mesmo assim fechou em 24/17 no saque para fora de Abdelhay.

Douglas cresceu no segundo set, quando o placar estava apertado — Foto: Divulgação/FIVB

Douglas cresceu no segundo set, quando o placar estava apertado — Foto: Divulgação/FIVB

No segundo set, com um ritmo mais lento, o Brasil deixou o Egito crescer. Em bloqueio de Masoud, os africanos chegaram na frente à primeira parada técnica (8 a 7). Na volta, Bruninho chamou novamente a jogada pelo meio e viu Isac ser parado outra vez na rede. O Brasil não demorou a virar, mas o Egito seguiu na cola até pouco depois do segundo tempo técnico – por mérito do bloqueio e pelos erros bobos da seleção. Lucas Loh entrou na vaga de Kadu, e Douglas, mais acionado na reta final, fechou em 25/22.

O aperto desnecessário na parcial anterior fez o Brasil voltar à quadra mais ligado e abrir margem no princípio. Mas o Egito conseguiu a virada pelo meio, nas jogadas rápidas com Masoud, e chegou a dois de vantagem com bloqueio duplo sobre Wallace. Com Douglas Souza mais uma vez preciso no ataque e eficiente no serviço, o Brasil retomou a dianteira no terço final do set. Kadu finalmente se soltou em quadra, e Renan colocou Evandro, Maurício e Evandro para jogarem. Um saque egípcio na rede deu números finais ao confronto: 25/20.

França estreia com vitória tranquila, mas pode ter desfalque

A França entrou com força máxima para a partida contra a China, sem poupar sequer Earvin Ngapeth, que há duas semanas sofreu uma lesão no abdômen. Na primeira etapa o levantador Tonuitti claramente evitou distribuir o jogo para o ponteiro, que anotou três pontos de saque e um de bloqueio. O destaque absoluto no início foi o oposto Stephen Boyer, que marcou quase metade dos pontos franceses: 25/20. O prejuízo francês foi a saída de Kevin Le Roux, passou o resto do jogo no banco, com gelo na coxa, e passará por exames ainda nesta quarta.

Ngapeth em ação contra a China — Foto: Divulgação / FIVBNgapeth em ação contra a China — Foto: Divulgação / FIVB

Ngapeth em ação contra a China — Foto: Divulgação / FIVB

Na segunda etapa Ngapeth se soltou mais no ataque, assim como Kevin Tillie, ponteiro filho do técnico Laurent Tillie. Muito bem no bloqueio, a França arrancou na reta final do set, abrindo oito pontos pela primeira vez na partida. A diferença caiu para quatro em erros bobos, mas a China devolveu a gentileza e viu a etapa acabar em toque na rede de Chuan Jiang: 25/21. Para o que seria o set final, Ngapeth ganhou descanso no banco. A China voltou a entregar pontos de graça, e Boyer cresceu novamente. Foram deles os dois aces que deram números finais ao confronto: 25/17.

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