Verão

Áreas urbanas têm 70% das praias impróprias para banho

verão começa oficialmente nesta quinta-feira (21) no Brasil. No entanto, os banhistas precisam ficar ligados no índice de poluição das praias espalhadas por todo o país.

Levantamento feito pela Folha de S. Paulo em 1.217 delas, em 13 Estados, aponta que, de janeiro a outubro deste ano, 335 praias foram consideradas ruins ou péssimas, sendo 234 delas, cerca de 70%, em cidades grandes ou médias.

De acordo com a pesquisa, sete em cada dez praias poluídas no país estão em cidades com mais de 100 mil habitantes.

Amostras da água do mar são colhidas semanalmente e mensalmente. A partir delas, são medidos os níveis de coliformes fecais, pelas autoridades responsáveis, para que, no fim do ano, seja possível chegar a uma classificação anual.

Ainda conforme o estudo, são consideradas péssimas aquelas praias que estiveram impróprias em mais de 50% das medições do período. São ruins as que estiveram impróprias entre 25% e 50% das vezes, e regulares, as impróprias em até 25% das coletas. As boas são aquelas que não estiveram impróprias em nenhuma das medições.

Entre as 1.217 praias monitoradas em 2017, 43% estavam boas, 30% regulares, e 28% ruins ou péssimas. Ou seja, de cada dez praias, cerca de três estavam ruins ou péssimas. Em 2016, 29% de 1.180 praias tinham essa situação.

A concentração de praias sujas em áreas urbanas resulta de fatores como deficiências na coleta e tratamento de esgoto e a poluição dos rios. O banho em locais que não têm condições adequadas aumenta a chance de contaminação por vírus e bactérias. A doença mais comum é a gastroenterite, que causa enjoo, diarreia, dor de cabeça e febre.

Outros problemas são micoses e infecções nos olhos e ouvidos. Crianças e idosos são mais suscetíveis.

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