Economia

Após tragédia em barragem de Brumadinho, ações da Vale despencam na bolsa de Nova York

As ações da Vale despencaram após o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, no município de Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte, no início da manhã desta sexta-feira. Os chamados recibos de ações da empresa (ADRs, na sigla em inglês), negociados em Nova York, caíam 10,9% a US$ 13,36.

O volume negociado supera US$ 84 milhões, consideravelmente elevado frente à média recente, de US$ 23 milhões. As ADRs da Vale tinham aberto em alta nesta sexta-feira.

Na mínima da sessão até a tragédia, o papel da Vale foi a US$ 12,82. Na máxima, antes do rompimento da barragem da mineradora, chegou a US$ 15,45.

Em razão do aniversário da cidade de São Paulo, a Bovespa não opera nesta sexta-feira. Em 2019, ADRs da Vale no Brasil acumulavam valorização de 10,1% até essa quinta-feira.

Devido à expressão que a mineradora tem na mineração brasileira e mundial, a Vale tem alta relevância no resultado do Ibovespa, o indicador das ações mais negociadas na bolsa.  Entretanto, os efeitos na economia brasileira serão observados somente na próxima segunda-feira.

Os analistas especializados no mercado acionário trabalham em busca de informações sobre o rompimento da barragem da mineradora. Karel Luketic, da XP Investimentos, buscou informações junto à área de Relações com Investidores (RI) da empresa, que ainda apura e organiza as informações para relatar uma situação.

“O mais importante agora é saber o impacto para a vida e para a cidade. O aspecto financeiro é secundário”, disse Karel Luketic, ao jornal Estado de São Paulo. O número de vítimas da tragédia ainda não foi informado. O Corpo de Bombeiros e o governo de Minas Gerais enviaram viaturas e helicópteros para o socorro no município.

Nesta sexta-feira, os índices das bolsas americanas mostravam valorização. O Dow Jones subia 0,95%, para 24.787 pontos, o S&P 500 tinha alta de 0,99%, para 2.668 pontos, e o Nasdaq avançava 1,27%, para 7.163 pontos.

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