Sua Saúde

Aplicativo atua na prevenção, controle e apoio ao tratamento do câncer de mama

Um aplicativo com lembretes sobre mamografia e ultrassom das mamas, endereços de locais mais próximos para a realização de exames, armazenamento de dados para as próximas consultas, além de dicas sobre hábitos saudáveis está disponível às mulheres para download gratuito nas versões IOS e Android. A proposta da ferramenta é atuar na prevenção, no controle e no apoio ao tratamento do câncer de mama na rotina diária. Em Pernambuco, foram previstos para o biênio 2018/2019 2.680 casos novos de câncer de mama feminino, segundo o Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca).

A ferramenta foi idealizada pela farmacêutica e especialista em Gestão da Saúde Renata Alcântara. Ao trabalhar com projetos voltados para o controle do câncer de mama, Renata percebeu o quanto a mulher desconhece a importância do autocuidado. “O App Rosa vem ajudar exatamente na prevenção e no controle do câncer de mama, com dicas importantes sobre hábitos saudáveis, o que inclui alimentação de qualidade, a adoção de práticas esportivas, além de orientações sobre como evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool.” Os alertas sobre periodicidade dos exames, horário e lista dos medicamentos prescritos, endereços de clínicas são um plus do serviço.

O robozinho Rosa é outro diferencial do App. “A Rosa tem o funcionamento totalmente independente da ação humana. Depois que a mulher baixar o aplicativo, a Rosa, de forma automática, faz a primeira interação com a pessoa, chamando-a literalmente para conversar. Para isso, usa uma linguagem natural, humanizada, sempre com o objetivo de apoiá-la e ajudá-la com o seu cuidado. Enxergo na Rosa uma ferramenta de empoderamento da mulher, ao garantir a ela o protagonismo no cuidado com a sua saúde”, pontuou Renata.

O aplicativo, por exemplo, pode ser usado até mesmo na hora da consulta, quando o médico, por exemplo, pergunta que medicamentos a paciente está usando. A ferramenta é estratégica para a mulher que convive com uma rotina extenuante, que trabalha, estuda, cuida da casa e da família.

“Tudo isso muitas vezes impede que ela cuide de si mesma. O App vem com essa pegada. É um apoio de bolso da mulher. Tomei o meu remédio hoje? Quando fiz minha última mamografia? Quando fiz o último ultrassom? O App lembra”, disse Maria Melo, uma usuária do App. No ano passado ela fez a primeira mamografia, onde foi detectado um nódulo sem malignidade. Hoje Maria pedala e frequenta a academia três vezes por semana.

Câncer de mama é a segunda maior incidência

No Brasil, segundo o Inca, serão mais frequentes os cânceres de próstata (68 mil) em homens e mama (60 mil) em mulheres. A estimativa vale para o biênio 2018/2019. De forma geral, o levantamento do Inca reflete o perfil de um país que possui os cânceres de próstata, pulmão, mama feminina e cólon e reto entre os mais incidentes, mas ainda apresenta altas taxas para os cânceres do colo do útero, estômago e esôfago.

Com exceção do câncer de pele não melanoma, os tipos de câncer mais incidentes em homens serão próstata (31,7%), pulmão (8,7%), intestino (8,1%), estômago (6,3%) e cavidade oral (5,2%). Nas mulheres, os cânceres de mama (29,5%), intestino (9,4%), colo do útero (8,1%), pulmão (6,2%) e tireoide (4,0%) estarão entre os principais.

Ainda segundo o Inca, a incidência da doença por região geográfica mostra que nas regiões Norte e Nordeste, apesar de também apresentarem os cânceres de próstata e mama feminina entre os principais, a incidência dos cânceres do colo do útero e estômago tem impacto importante nessa população.

O Sul e o Sudeste concentram 70% da ocorrência de casos novos. As previsões apontam que predominam os cânceres de próstata e de mama feminina, bem como os cânceres de pulmão e de intestino. A Região Centro-Oeste, apesar de semelhante, incorpora em seu perfil os cânceres do colo do útero e de estômago entre os mais incidentes.

Outro dado importante trazido pelo Inca aponta que, enquanto nos países desenvolvidos predominam os tipos de câncer associados à urbanização e ao desenvolvimento (pulmão, próstata, mama feminina e cólon e reto), nos países de baixo e médio desenvolvimento ainda é alta a ocorrência da doença associada a infecções (colo do útero, estômago, esôfago, fígado).

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