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Ameaça de atirar em Toffoli leva PF à casa de advogado alagoano filiado ao PT

A Polícia Federal (PF) cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa do advogado alagoano Adriano Argolo, na manhã desta quinta-feira (21), no bairro de Guaxuma, em Maceió (AL). Filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), Argolo se autointitula nas redes sociais um dos maiores críticos do Supremo Tribunal Federal (STF) e de seus integrantes. E é alvo do inquérito que apura ameaças contra ministros da Suprema Corte, em mandado expedido pelo ministro Alexandre de Moraes.

A PF apreendeu o aparelho celular do advogado, sob a acusação de que Argolo teria postado nas redes sociais, em novembro do ano passado, uma mensagem com ameaça de atirar contra o ministro-presidente do STF, Dias Toffoli. A postagem investigada citava a suposta intenção do advogado de ir ao STF e dar um tiro nas costas do presidente da Suprema Corte do Judiciário do Brasil.

Durante a operação, a PF apresentou ao advogado a mensagem contante no inquérito, e este negou ter sido o autor da ameaça. E Argolo disse que claramente sua conta no Twitter foi clonada e que nunca seria capaz de proferir qualquer ameaça ao STF, quando entrevistado pela TV Gazeta, nesta manhã.

O advogado admite que boa parte de suas postagens é de cunho político e crítico, mas nunca para ameaçar qualquer membro do Poder Judiciário. E disse que foi surpreendido com a chegada dos policiais federais em sua residência, no Litoral Norte de Maceió.

“Faço críticas pontuais, tenho cerca de 26 mil seguidores no Twitter e todos percebem que faço diversas críticas políticas. Critiquei o processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma, as várias nuances da Lava Jato, mas jamais seria capaz de fazer uma ameaça a um ministro do Supremo Tribunal Federal. Isto só acontece por uma pessoa que desconhece as leis. Minha conta foi clonada. Nunca postei que gostaria de dar um tiro no tiro nas costas do ministro Dias Toffoli. Só uma pessoa que absurdamente desconhece os trâmites da legislação brasileira faria uma ameaça dessa. Há um incômodo com minhas postagens, que são políticas. Me posicionei contra o impeachment da Dilma e contra vários fatores que considero ilegais da Operação Lava Jato. E é público e notório que clonaram uma conta minha”, argumenta Argolo, ao declarar ser pacífico, não ter armas, nem saber atirar.

O advogado disse ter tomado conhecimento hoje da clonagem de sua conta, com a apresentação da postagem pela Polícia Federal. E antecipou que seus advogados entrarão com recurso para trancar o processo, alegando absoluta falta de provas e indícios que o incriminam neste inquérito.

Veja uma série de publicações do advogado, criticando o STF e conclamando “luta popular”:

O Twitter de Adriano Argolo não mostra a mensagem alvo da investigação e só é possível consultar publicações depois do dia 24 de novembro de 2018. No ferfil, também há críticas ao presidente da República Jair Bolsonaro (STF), chamado de “miliciano nazifascista” em diversas publicações. Sua última postagem foi final da noite de ontem (20), quando disse que “a melhor coisa do mundo é ser nordestino de esquerda”, depois de alertar que sua conta estaria sendo atacada há dias “por uma aliança já esperada de cirominions e bolsominions”.

Os alvos das outras ordens judiciais expedidas pelo STF são pessoas que utilizaram perfis nas redes sociais para disseminar mensagens ofensivas e até com ameaças explícitas contras membros do Supremo.

 

 

 

 

Com informações da Gazetaweb e TV Gazeta de Alagoas

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