Judiciario

Adiado o Júri de acusada de planejar morte do irmão

O júri popular de Maria Celeste de Medeiros Nascimento, acusada de planejar a morte do irmão, que estava marcado para acontecer nesta quinta-feira (30) foi adiado para o dia 11 de outubro. O adiamento foi feito após um pedido da defesa da ré e acatado pela juíza Francilucy Rejane de Sousa Mota.

O irmão de Celeste, Marcos Antônio do Nascimento Filho, foi morto em junho de 2016 durante um assalto simulado à padaria que pertencia aos dois irmãos. Conforme apuração da Polícia Civil à época, a acusada contratou pessoas para matar o irmão após ele descobrir que ela estava dilapidando o patrimônio da família, fruto de herança.

“Teve um pedido da defesa formulado ontem [quarta] no final do expediente,que ingressou com atestado médico, e esse foi o motivo do adiamento. O júri já estava todo preparado para ser realizado na data de hoje”, explicou a juíza.

Maria Celeste é acusada de homicídio triplamente qualificado, roubo qualificado e falsificação de documento público, todos artigos do Código Penal. Ela foi denunciada à Justiça pelo Ministério Público da Paraíba, com outras sete pessoas: Werlida Raynara da Silva, Severino Fernandes Ferreira, Nielson da Silva, Ricardo de Souza Ferreira, Jairo César Pereira, Robson de Lima Ramos e Walber do Nascimento Castro.

Todos os acusados foram denunciados e, com exceção de Maria Celeste, recorreram da decisão, que manteve a preventiva dos mesmos, salvo a de Robson de Lima Ramos, que deverá permanecer cumprindo as medidas cautelares concedidas pelo Superior Tribunal de Justiça em um habeas corpus.

“Os demais acusados ingressaram com recurso, estão tramitando no TJPB e se poventura forem julgados até a data do júri [em outubro], serão todos julgados conjuntamente com Maria Celeste”, afirmou Francilucy Rejane.

O promotor Djaci Luna lamentou o adiamento do júri popular e disse que o sentimento era de frustração. “A sociedade está esperando Justiça. Parece uma artimanha defensiva, que não cabe. A sociedade quer justiça . Uma irmã assassinar um irmão por questão patrimonial é um absurdo”, declarou.

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