Corrupção

Acusado de receber propina da Odebrecht, presidente peruano diz que não renunciará

O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, defendeu sua permanência no cargo e negou qualquer possibilidade de renunciar, apesar das acusações de recebimento de propina da construtora brasileira Odebrecht.

“Não vou abdicar nem da minha honra, nem dos meus valores, nem das minhas responsabilidades como presidente. Nos custou muito recuperar a democracia, não vamos voltar a perdê-la”, disse

“Não tenho motivo para fazer isso”, acrescentou o presidente de 79 anos, que disse ainda que testemunhará em uma CPI do Congresso e colaborará com a Procuradoria-Geral.

“Não vou me deixar amedrontar”, insistiu o presidente.

A imprensa local menciona a possibilidade de alguns de seus ministros se demitirem em desacordo com sua posição.

O partido de oposição que controla o Congresso no Peru, Força Popular, pediu na quinta-feira a renúncia de Kuczynski por “provas concretas de atos de corrupção” que o vinculam à Odebrecht, que o teria assessorado por quantias milionárias inclusive quando era ministro.

“É evidente que sua permanência no máximo cargo da nação é insustentável. Aqui o que o povo peruano exige é que o presidente renuncie e que se dê uma transição constitucional para que o vice-presidente da República assuma a presidência do Peru”, declarou Daniel Salaverry.

O ultimato virtual agrava a complicada situação do presidente, depois de a Odebrecht ter reconhecido na quarta-feira que pagou quase 5 milhões de dólares por assessorias de empresas vinculadas a ele entre 2004 e 2013.

 

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