Prisão de Lula

A manifestação do cárcere: “Todo inocente fica indignado quando é injustiçado”

Em primeira manifestação desde que foi preso para início de cumprimento da pena de 12 anos e um mês, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma que continua desafiando a Operação Lava-Jato a provar o “crime que alegam” que ele cometeu. Em carta divulgada pelo PT e lida no acampamento montado no entorno da Polícia Federal, onde está detido há dez dias, o petista afirma que está “tranquilo, mas indignado”.

“Como todo inocente fica indignado quando é injustiçado.”

A “Carta do presidente Lula ao acampamento Lula Livre em Curitiba” foi tornada pública pelo PT e pela presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que no início da noite desta segunda-feira, 16, leu o documento aos apoiadores – acampados em vigília nas ruas do entorno da PF desde que ele foi preso, no dia 7.

“Continuo desafiando a Polícia Federal da Lava-Jato, o Ministério Público da Lava-Jato, o Moro e a segunda instância a provarem o crime que alegam que eu cometi”, registrou Lula. A carta teria sido ditada pelo petista e escrita pelo advogado.

“Continuo acreditando na Justiça e por isso estou tranquilo, mas indignado como todo inocente fica indignado quando é injustiçado.”

O documento foi lido pela presidente do partido, que tenta visitar o ex-presidente no cárcere. “Eu tenho me comunicado com o presidente de forma escrita através do advogados porque não consegui visitá-lo”, disse Gleisi.

Segundo ela, a carta foi escrita a pedido de Lula e entregue via advogados para ela para ser lida no acampamento.

“Eu ouvi o que vocês cantaram. Estou muito agradecido pela resistência e presença de vocês neste ato de solidariedade.”

Lula registra: “Tenho certeza que não está longe o dia em que a Justiça valerá a pena. Na hora em que ficar definido que quem cometeu crime seja punido. E que quem não cometeu seja absolvido”.

E encerra: “Grande abraço e muito obrigado. Luiz Inácio Lula da Silva”.

CARTA DO PRESIDENTE LULA AO ACAMPAMENTO LULA LIVRE EM CURITIBA

“Eu ouvi o que vocês cantaram. Estou muito agradecido pela resistência e presença de vocês neste ato de solidariedade. Tenho certeza que não está longe o dia em que a Justiça valerá a pena. Na hora em que ficar definido que quem cometeu crime seja punido. E que quem não cometeu seja absolvido. Continuo desafiando a Polícia Federal da Lava-Jato, o Ministério Público da Lava-Jato, o Moro e a segunda instância a provarem o crime que alegam que eu cometi. Continuo acreditando na Justiça e por isso estou tranquilo, mas indignado como todo inocente fica indignado quando é injustiçado.

Grande abraço e muito obrigado.

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